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Cidades do Circuito das Águas Paulista buscam Indicação de Procedência para certificar as cachaças produzidas na região

Cidades do Circuito das Águas Paulista buscam Indicação de Procedência para certificar as cachaças produzidas na região
O Circuito das Águas Paulista, composto por 09 importantes cidades turísticas, estão em busca da conquista da Indicação Geográfica na modalidade Indicação de Procedência para as cachaças produzidas na região. O processo para essa certificação iniciou-se neste ano com o apoio logístico do Sebrae e do Instituto Federal de São Paulo, devendo os resultados serem divulgados nos próximos anos.

As Indicações Geográficas projetam uma imagem associada à qualidade, reputação e identidade de produto ou serviço. Assim o registro pode conferir maior competitividade da cachaça   nos mercados nacional e internacional, melhorando e ampliando a comercialização dos produtos ou a oferta de serviços. 

Além disso, o registro ajuda a evitar o uso indevido por produtores instalados fora da região geográfica demarcada. A Cana de açúcar da região tem excelente qualidade. As canas de açúcar produzidas na região dessas cidades, são plantadas numa área predominantemente montanhosa. Aliás, as 09 cidades têm excelentes fontes de água mineral e um solo bastante fértil, com altas taxas de minérios, permitindo a produção de canas de açúcar alta qualidade, permitindo uma excelência na produção de cachaças.

A aguardente de cana de açúcar com designação “cachaça” é uma bebida alcoólica brasileira por excelência. E por leis específicas são reconhecidas como Indicação Geográfica brasileira e reconhecida mundialmente. A diferença entre elas está em seu método de produção. A aguardente é produzida industrialmente em grandes quantidades com destilação em coluna e tem teor alcoólico de até 54%. Já a cachaça é artesanal, destilada em coluna ou alambique e costuma ter maior qualidade, com teor de até 48%.

No exterior a cachaça brasileira foi e ainda é muitas vezes confundida com o rum caribenho – as duas bebidas são produzidas a partir da cana de açúcar. Daí decorre que a cachaça brasileira não possui nem de perto a “aura” que os runs cubano ou jamaicano desfrutam no mercado internacional.

Esse problema tem algumas explicações. A principal delas é a falta de controle de qualidade e de origem das 5 mil a 7 mil marcas comercializadas no Brasil. Desde os anos 1990, diversos grupos de pesquisa tentam desenvolver marcadores químicos que possam tanto tipificar a cachaça nacional quanto traçar a sua origem geográfica, a região e o estado onde é produzida. A necessidade de garantias de procedência e de qualidade é defendida pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), que tem interesse em utilizá-las para classificar a produção nacional e alavancar as exportações.

De acordo com o Ibrac, o Brasil produz 800 milhões de litros de cachaça por ano, com movimentação de R$ 1,6 bilhão. O total exportado é de apenas 10 milhões de litros, equivalentes a US$ 21 milhões. As cidades que serão impactadas com o alcance da Indicação Geográfica serão Águas de Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Lindóia, Pedreira, Serra Negra e Socorro.

São dezenas de produtores da região que terão seus produtos artesanais e, alguns orgânicos, devidamente certificados.

E-mail: contato@circuitodasaguaspaulista.sp.gov.br
Endereço: Rua Capitão José Inácio, 91, Centro, Monte Alegre do Sul/SP.